quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O PARLAMENTAR E A SUA FIXAÇÃO

Matéria publicada no Extra Online, de 19/08/2009.

Pouco mais de um mês após a realização da primeira audiência sobre autos de resistência, o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio, deputado Marcelo Freixo (PSOL), convocou um novo debate sobre o assunto. A reunião será nesta terça-feira, às 10h, na sala 316 do Palácio Tiradentes.
— Autoridades já estão convidadas a prestar esclarecimentos sobre as razões que sustentam uma média de três homicídios por dia no estado em circunstâncias, descritas pela polícia, como mortes em confronto — frisou o parlamentar.
Na primeira audiência, a comissão ouviu as justificativas dos representantes da Segurança Pública e das polícias Civil e Militar. Desta vez, o deputado pretende também ouvir o Ministério Público Estadual.
— Pediremos aos promotores que expliquem os motivos da dificuldade dos autos de resistência se tornarem objetos de processos judiciais, sem passar da fase de inquérito. Há a suspeita de que os autos de resistência possam servir para maquiar execuções sumárias praticadas por policiais em ações nas favelas do Rio de Janeiro — alertou Freixo.
Sr Deputado,
Julgamos oportuna a sua preocupação. Entretanto gostaríamos de sugerir a vossa excelência que procure identificar os motivos que levam a população do nosso Estado a cometer delitos, e nestes casos o que leva estas pessoas a enfrentar o braço armado do Estado.
Da mesma forma como o senhor suspeita que possa estar havendo uma "maquiagem" em execuções sumárias, nós também suspeitamos que tentar trazer uma Olimpíada para o Rio de Janeiro seja uma "maquiagem" para desviar verbas em obras mal acabadas e até não concluídas.
Talvez um dos motivos que sirvam de exemplo para que as pessoas ingressem na vida marginal seja que, por falta de emprego e por assistir diariamente que nossos políticos estão constantemente envolvidos em "supostas" falcatruas sem que nada lhes aconteça, o incauto morador da comunidade carente "tente a sorte" no tráfico de drogas e por fim cabe a esta Polícia que o senhor tanto menospreza, encará-los de frente e, como não existe rendição, deve o policial militar proteger a sua vida e dos demais contribuintes, mesmo que para isso tenha que chegar ao extremo do ato legítima defesa, LEGALMENTE previsto no Código Penal.
Oficiais da Polícia Militat / RJ

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